quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

E foi assim que...





Thalia e Roque descutiram sobre como ela pode ficar o dia todo fora de casa e não dar notícias. Ela disse que isso é normal de pais humanos, eu achei muito estranho. Estou fora de casa a mais de 300 anos luz e ninguém brigou comigo até agora. Talvez pelo fato que ninguém deve saber onde eu estou depois do planeta de ventosas. Depois de lá eu não dei noticias. Mas que seja. Agora não faz diferença. Algum dia ainda volto pra casa. E nesse dia, eu vou ter muita história pra contar.


Acabou que saímos numa boa, Roque só mandou ela levar o celular (Que seria isso de novo?? Essa gente tem muita coisa que me da medo) e dar notícias se fosse o caso de demorar muito.
O combinado é que ela iria me levar em uma festa porque contei pra ela sobre meu primeiro dia de descobertas pelo mundinho e que encontrei aquela galera lá no prédio.. aí ela disse que iria me mostrar uma muito boa, eu curti a ideia e aceitei.
Ela me levou na Yellow Submarine. Simplesmente o lugar mais falado da cidade. Pelo menos foi o que ela me disse. Fui entrando e vendo tantas garotas e tantos garotos, tantos olhos, tantos dentes brancos, umas luzes coloridas,uma fumacinha que quando olhei pensei logo que era pra sair correndo.. algo estava pegando fogo, mas aí a Thalia me disse que estava tudo normal. Era pra ser assim mesmo. Ufa.


Minha primeira imprensão foi estar em outro planeta. Música alta, muvuca, bebida, gritos, e ela me puxando pela mão indo de encontro aos amigos dela.
- Himiee, esses é o Fernando, aquele é o Thomas e essa é a Nicole, todo mundo gente boa, ok? Meus amigos do colégio. - Disse a Thalia olhando pra mim e depois pra cada amigo dela.
- Ah sim! Olá gente! - Eu disse. No começo fiquei com um pouco de vergonha mas depois fui me soltando e aproveitando todas as músicas e momentos. Dancei. Descobri que é muito bom, anima, te faz sentir feliz. Escorreguei na bebida da Thalia e cai no chão como um pudim cai da bandeja. Fiz todo mundo ri, mas no fundo doeu em mim. Risos. Todos sairam de lá e foram pra casa do Thomas, ficamos vendo filmes e acabamos por dormir lá mesmo. Dormir fora é legal, galera muvucando, fazendo coisas divertidas.

Acordei com uma dor nas costas tremenda. Sai sem ninguém me ver. Estava mais do que na hora das coisas mudarem um pouco. Senti O chamado. Estava quase no momento de todo o motivo especial de eu vir aqui chegar e acontecer o que tem que acontecer. Wiziee estava chamando.

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continua




terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Merdas.com


Comecei meu dia com uma pitada de Punk Rock.
Tentando criar ideias à altura de minhas vontades. Me lembrei da Thaila, a filha do Roque... Resolvi passar na casa deles e ver se ela estava atoa e se queria dar uma volta por aí e fazer alguma coisa diferente. Foi o que eu fiz. Ela aceitou. Fomos pra rua arrumar alguma coisa pra fazer.
Ela me levou em uma sorveteria pra tomar sorvete. Sorvete era algo muito gelado, com gostos e cores diferentes, o que me agradou profundamente, pedi até a receita pra moçinha da loja do sorvete de flocos.
Ela me levou numa biblioteca. Livros são estranhos, tem muitas letras pequenas que querem sua atenção de uma maneira que te prende ao livro. Peguei um para dar uma olhada, falava da sequência de Fibonacci, achei muito complicado. Procurei um de astronomia, mais minha área, mais tranquilo de entender talvez.
Foi aí que eu reparei: O quê que eu estou fazendo aqui?? Eu não queria era curtir?? Joguei os livros pro lado e fui achar a Thalia pra ver com ela a possibilidade de fazermos algo mais ativo.
Foi quando ela falou alguma coisa do tipo "queda livre", aaaaah aí eu gostei da parada.
Ela me levou a um ponto de ônibus para podermos ir pra lá, esperamos por um tempo, só que estava demorando muito e então resolvemos ir a pé...
No caminho nós conversamos muito e deu pra conhecê-la um pouco mais, e a cada vez que a Thalia dizia alguma coisa mais eu via como ela era impressionante.
Chegamos no lugar, era bem afastado de tudo o que eu já havia conhecido da cidade. Ela olhava tudo como se fosse parte do mundo natural dela fazer esse trajeto sempre. Mas era né?! Quem não é daqui sou eu. As vezes me esqueço disso, vendo tantos diferentes de mim, acabo achando que sou igual a eles.
Sei que lá era uma bigbitela de uma descida, simplesmente eu não conseguia ver onde acabava aquilo. Fiquei com medo, no fundo eu não sei se era uma boa ideia, mas não deu nem tempo de eu virar pra ela e dizer como me sentia. Senti uma puxada no meu braço dizendo "Anda Himiee!!" colocamos o equipamento de segurança e lá fomos nós.
Foi a melhor sensação da minha vida toda. O vento batendo como se não houvesse o amanhã, a adrenalina que sobe e vai até o meu sétimo dedo, o disparar do coração fazendo um "TUM, TUM" que parece que ele vai pular da sua boca e continuar caindo mais do que você está. Único.
Só que eu me esqueci de que ainda vivo. Não podia deixar essa sensação me dominar tão intimamente no fundo. Quando já estava ficando desesperador algo puxou de volta com uma pressão que doeu os ouvidos. Aí sim senti que meu interior iria deixar meu exterior, como se eu fosse dar tchau pros meus órgãos. Só que muito antes disso acontecer olhei a Thalia alí, pertinho de mim. Tão perto que nem vi mais altura, só ela.
Voltando para casa já fizemos os planos para o dia seguinte.
Se não fosse a briga que ela e Roque tiveram.
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Continua depois ;]

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal



O dia começou chuvoso.
Decidi ficar dentro da nave e ver como estava minha arma, se ela estava funcionando direito, hoje seria o dia de brincar.
Era de tarde quando o Roque passou pra me pegar. Ele me comprimentou como se fosse um dia como outro qualquer.
Só que ele estava completamente enganado.
Uma voz dentro da minha mente começou a falar comigo, sussurrando para eu não chegar na casa já assustando todo mundo, apenas com uma cara de feliz meio maníaco. Acho que assim eles não iriam ficar com uma cara estranha pra mim.
O carro do Roque estava com uma música que fazia pirar. Algo barulhento, porém viciante. Perguntei pra ele o que era e ele me disse que era Blink 182. Uma banda de Punk Rock.
Hoje eu não acordei bem. Não sei se foi essa água que cai do céu de um jeito tão trágico, fazendo tanto barulho, sei lá, só sei que estou de mal humor.


A casa do Roque era simples, mas bem agradável. Ele tinha uma filha, ela era muito estranha. Pelo jeito era algo do que gostava de Punk Rock igual ao pai, tinha cabelos longos, olhos castanhos, gostava de roxo, vivia com um fone de ouvido escutando músicas o dia todo. Ele tinha uma mulher, parecia com a filha, porém menos estranha um pouco. A mãe dele morava com ele. Isso era uma família. Descobri.

Sentei na mesa com todas as pessoas, eles começaram a falar sobre o natal. Eu escutei tudo em silêncio como todos os outros. Eu estava sem paciência mas acabei gostando dos comentários. Comemos umas comidas de um cheiro muito bom, com gosto muito bom, que me fez ficar mais feliz. Minha vontade de destruir passou no momento que a filha deles me olhou de um jeito envergonhado.
Logo depois Roque começou a falar sobre o trabalho, e como estava sendo difícil esse fim de ano. Pensei comigo: Fim de ano?? Como assim? O ano acaba?! Credo. Deve ser isso aí.
Ele disse que muitas pessoas não estão mais nem aí pra fazer tudo certinho. Estão na confusão da loucura. Ele acha que é porque 2012 está chegando e o mundo vai acabar, e todos estão aproveitando para viver intensamente, sem se preocuparem com o amanhã.
Então quer dizer que o mundo vai acabar daqui a 2 anos? Ummmm... isso foi interessante. Não precisaria de mim para fazer o trabalho pesado.

Pensei: Irei aproveitar ao máximo então. Terei dias impressionantes e intensos. Prontos para aventuras?! Porque elas começam a partir de amanhã.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Conhecendo policiais

A polícia chegou e me barrou, eu descobri que eles não mordiam, eram pessoas normais com falas normais, tirando apenas as roupas estranhas deles. Um cara olhou meus 7 dedos e disse que eu precisava de um médico rápido e o outro nem ligou estava focado na "missão". Os moçinhos da padaria riam como se eles tivessem ganhado o dia, meu pensamento logo foi na minha arma de desmaterialização que estava na nave... Ah se eu tivesse uma dessas aqui agora, pensei, pensei tão desejando que se fosse um conto de fadas ela teria aparecido feito mágica. Na hora que o policial Roque perguntou o porquê que eles estavam ali e o moçinho do caixa de cara feia disse que era porquê eu não tinha pago meu lanche de 4 reais, Roque riu mais do que os dois moçinhos juntos e disse:
- Vocês estão brincando né?! Não é possivel que eu sai da minha sala com meu ar condicionado e meu poker só por causa de 4 reais! - Olhando pra mim, perguntou:
- Como você chama filho? - como se eu fosse muito pequeno né?! Mas respondi:
_ Himiee. Meu nome é Himiee. Eu só queria ir pra minha "casa"... Posso ir? - eu disse casa porquê não queria criar mais confusão, imagina se eu falasse "minha nave?" aconteceria igual ou pior do que como foi com o Papai Noel.
- Himiee em?! Nome diferente, você é diferente. Gostei. Vou pagar pra você e estará livre em poucos minutos. Espere um pouco ok?! - Disse Roque.
Ele me acompanhou até a praça depois de pagar e ficamos conversando por um longo tempo, contei para ele sobre como os bichos de asas reagem aos meus fluidos corporais, ele me disse que eles se chamam mosquitos. Mosquitos, isso sim é um nome estranho. Ele me contou como gosta de rosquinhas e eu disse sobre minha paixão com pudins e como estava triste meu dia antes do natal, porque minha viajem até aqui só estava dando errado.
Acabou que ele me convidou para passar o natal com a familia dele. Eu aceitei.
Acho que fiz um "amigo". Aliens não tem amigos. Aliens gostam de acabar com mundos felizinhos iguais a esse, são mais aventureiros e não gostam de ter laços com algo, pois isso mostra o quanto já está se ligando as coisas daqui. Isso não é bom.
Quando a noite chegou deitei no banco de sempre, acho que a praça estava sendo meu local preferido, a nave estava se tornando visita. Olhei pro satélite natural, pros pontos brilhantes. As estrelas. Pensei no meu novo "amigo" e como deve ser ter uma família. Família, coisa estranha de se ter, apesar de eu não saber do que se trata. Passou pela minha cabeça a estranha pergunta: Se eu destruir esse planeta, eu vou destruir famílias? Ou isso é indestrutível? Mas gostei da ideia. Afinal, ter uma família deve ser chato. Quem sabe já não chego acabando com essa que irei conhecer amanhã? Seria babante!
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Continua ;]

Quarto dia

Andei muito. Andei como se fosse dar a volta nesse planeta cabeça de alfinete. Me deu vontade de destruir tudo, quando eu chegasse, se eu chegasse. Até a vontade do pudim passou. A minha cabeça estava explodindo de tantas cócegas que meus neurónios estavam fazendo. Daí a minha raiva e meu meu humor por cócegas.
Só me lembro de uma pequena parte de tudo o que aconteceu: comecei a ficar bem lesado a partir da quinta esquina que eu virei, parei em um beco escuro, com cheiro de armário de vovó. Tropecei em mim mesmo e cai. Dormi alí mesmo. Acordei em outro lugar.
Como assim?
Acordei no banco da praça com o dia já claro e com um recado do Papai Noel em cima de mim dizendo: Querido Himiee, te achei perdido e sonolendo se um jeito muito preocupante, então me lembrei do que você disse ontem e te trouxe pra o banco da praça. Espero que saiba onde você está agora e que chegue bem em sua misteriosa "nave". Feliz Natal. Papai Noel.
Papai Noel ainda não acreditava em mim. Mas até me senti feliz porquê alguém lembrou de mim, o que é uma coisa meio difícil de esquecer com essa cara que eu tenho. Minha cabeça ainda cocegava um pouco. Me sentia estranho. Com raiva por não ter um pudim e querer acabar com o mundo agora já que estou perto da nave, mas ao mesmo tempo feliz por estar em um lugar que eu conhecia melhor do que o beco com cheiro de armário de vovó.
Não queria levantar do banco. Estava desconfortável demais, mas era melhor do que ficar trancado na nave. Minha vontade de destruir alguma coisa ainda estava presente em um pedaçinho do meu eu, mas a atração que esse cheiro gostoso desse ar me trava, dizendo preu não fazer isso enquanto não descobrisse o que era.
Eu precisava descobrir o porquê desse cheiro. O porquê dessa atração. Fiquei uns instantes pensando em como era ruim restar tanto tempo de barriga vazia e fiz careta, não era nenhum pouco agradável essa sensação... Nenhum pouco babante, e sim vomitante.
Pensei em levantar e voltar ao "Sabor do Dia" para ver se conseguia alguma coisa para saciar meu estômago que estava com um buraco imenso, e para me distrair um pouco, mas estava com medo de me perder de novo e não voltar mais.
Fui para uma padaria na esquina, lá encontrei um cara atrás de um balcão com um sorriso muito falso no rosto, como se estivesse ali por pura obrigação. Cheguei e perguntei se ele podia me dar algo bom pra comer e ele me respondeu que depende do que eu estava à procura, se era doce ou salgado. Respondi que era algo salgado e ele me deu um pão com manteiga e um café. Gostei do gosto, meio salgadinho o pão e o café era viciante, isso bateu bem. Depois de comer e agradecer ao moçinho de cara feia, fui indo em direção a porta, quando um outro moçinho que também tinha cara feia chamou:
- Psiiiiiu.
Eu olhei pra trás, e ele disse de novo:
- Sim, você mesmo. Volte aqui. Saindo sem pagar Sr. Estranhamente estranho que não faço ideia de onde tenha vindo. Você me deve 4 reais. Ou vou ter que chamar a polícia?!
De que eu era estranho eu já sabia mas olhei com uma cara de " WTF " para ele e perguntei:
- O que é polícia? Isso morde?
Aí foi a vez dele de me olhar com a cara de " WTF " e dizer:
- Você está de brincadeira com a minha cara né? Como assim "o que é polícia?"... Você está me fazendo perder a paciência.
-Lógico que não. Estou falando muito sério. E eu não tenho dinheiro. Posso pendurar e quando eu tiver eu pago? - Eu disse bem tranquilo.
- Lógico que não. Você bebeu algo cara? Cheirou alguma coisa? Um instante por favor, irei ligar para a polícia porquê o caso está mais sério do que eu pensava.

Se polícia mordia, eu estava ferrado.
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continua depois ;]

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Contatos imediatos.



Quando saí, a primeira coisa com a qual me deparei foi um garotinho de boné meio esquelético e rosado, porque estava muito quente. Ele não acreditou muito no que viu quando olhou pra mim... acho que seria uma reação esperada, afinal, não é todo dia que se encontra um cara tão lindo, exótico e diferente como eu. Ele apenas me encarou como se eu fosse o ladrão mais perigoso e procurado de todo o mundo. Passei direto sem dar muita atenção, melhor do que bater altos papos com um alienígena né?!

Essa vontade de sair toda foi para procurar o Papai Noel, no jornal dizia que ele realiza desejos, quem sabe ele não realiza o meu desejo de comer pudim? seria uma boa pedida.

Eu não sabia por onde começar a procurar, não podia ser tão difícil de acha-lo, imaginei.

Fui andando, passei pela praça de ontem, passei por uma pista de skate, por pessoas andando atoa para matar o tempo, por escolas e logo depois encontrei um local com muitas lojas e pessoas em volta, crianças principalmente, e lá estava ele, sentado em uma cadeira muito bonita e vermelha, com os pirralhos em seu colo contando sobre o que gostariam de ganhar de natal.

O que eu mais queria nesse momento era estar no colo do Papai Noel e fazer o meu simples pedido, para isso entrei na fila, e esperei perto de muitas pessoas humanas, acho que algumas desistiram de esperar e saíram de perto de mim com os olhos arregalados, acho que por algum motivo bem preocupante do qual eu não fazia ideia do que seria, e quando pisquei meus olhos só restava eu para falar com o velhinho de roupa vermelha, fiquei muito animado e logo fui chegando perto dele.

Ele era gordo, de tal maneira que eu não sabia como ficar no colo dele, eu estava escorregando, mas não me preocupei com isso, comecei a falar logo de como eu queria que fosse meu natal:

- Noel, prazer, sou o Himiee, como vai você? - perguntei muito animado, já pensando no meu pudim.

- Olá Himiee, eu estou muito bem, o que você quer que eu leve para você na sua casa?

- Eu quero muito um pudim! minha comida favorita... mas eu não tenho casa aqui não, se você for levar pra minha casa você vai ter que atravessar metade do universo... mas, detalhes a parte, minha nave esta perto da praça, naquela direção, pode deixar ele lá.

Papai Noel olhou para mim com uma cara de "você esta brincando né?", aqueles olhos grandes com o ar de quem quer me ver melhor, com aquelas orelhas bitelas como quem quer te escutar melhor, porque acha que você precisa de um psiquiatra.

- Himiee, você precisa me dizer onde é a sua casa, se não você não vai ganhar seu pudim! - ele insistiu.

- Já te disse. Não sou daqui, mas você pode deixar meu presente na porta da minha nave. Não terá problemas. Você não acha que seria mais legal? Se quiser depois te levo para ver meu planeta para conhecer outros lugares diferentes desse pequeno planetinha com esse único satélite natural sem graça. Será uma viajem e tanta em? O que me diz?!

Papai Noel continuou não acreditando em mim, ficou batendo o pé de que eu estava louco e tudo que eu dizia era brincadeira, para ele parar com isso pedi para ele me acompanhar e ver as provas, ele disse que não, que estava cansado porque já estava no final do dia, e como eu não estava falando a verdade, ele não ia me dar o pudim. Sai do seu colo triste, sem saber o que fazer, desapontado, sem expectativas de um Natal comendo pudim.

Tive que pensar em outro jeito de conseguir um pudim.

Tentei pedir ajuda para alguém, as pessoas que me ouviram, me falaram que era para continuar andando que mais na frente teria um super mercado, mas que eles não garantiam que eu acharia.

Com isso me senti um pouco melhor, e fui andando, até achar o local que tinha o nome de "Sabor do Dia".Andei pouco. Logo achei.

Entrei e me senti pouco a vontade, tanta coisa num lugar só, tantas cores, tanta falação, barulho, comida, bichos de duas pernas voando, tudo me distraia tanto que não iria achar meu pudim naquele dia. E foi o que aconteceu, os caras me expulsaram do local porque estava na hora de fechar a loja, mas me disseram que eu podia voltar no dia seguinte, que eles me ajudariam a encontrar o que eu tanto queria.
Voltei pra casa estourando de dor nas costas, e com uma vontade muito grande de acabar com o mundo. Nao consegui achar nada do que eu queria hoje e ainda por cima o papai noel me deu um pé na bunda. Isso se eu tivesse uma bunda, mas enfim, estou com raiva. Muita raiva.

Ninguém daqui sabia, mas eu podia brincar de destruir esse mundo quando eu quisesse, minha nave estava muito bem equipada. Isso é, se eu conseguir achar minha nave.



Estou perdido.




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continua depois.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Segundo dia

Depois de pensar muito sobre tudo o que me aconteceu nesses últimos anos luz de viagens, como conhecer o planeta mais engraçado de todos, ele era feito de ventosas, tudo agarrava nele! Até eu agarrei! Foi muito difícil de sair de lá... apenas com um aspirador de fluidos e eu me desmaterializando que consegui, Foi muito bom e ao mesmo tempo dolorido e engraçado; E de tanto olhar pra esse céu com esse satélite natural tão pequeno e tão sem graça voltei pra minha nave e começou a me dar uma vontade bigbitela de comer pudim não sei bem o porque. Essa sobremesa é nosso prato favorito. Como eu não fazia ideia de onde encontrar um nessa hora eu simplesmente imaginei eu comendo essa delicia... foi super babante, sim, babei. É.. minha espécie não controla muito bem suas vontades e sensações... isso me causa muitos problemas. Mas pelo menos é como se tudo o que passasse pela nossa mente fosse bem real.
No caminho de volta eu achei um jornal perdido pela rua e peguei só de curiosidade. Na capa li algo do tipo: "O Natal se aproxima, ruas lotam com pessoas desesperadas querendo comprar seus presentes".
O que seria Natal? fiquei pensando comigo mesmo até ler toda a reportagem e descobrir que era algo do tipo bem meloso, com pessoas dando abraços e agrados a outras que gostam, com festas... muitas festas e comidas. Não acho muito interessante, até porque estou de dieta e com muitas ideias para colocar em prática nesse novo planeta... Mas no fundo, eu bem queria alguma distração como essas festas de natal... e estar com membros de minha espécie.. sim isso era o mais dolorido de se viajar pelo universo...
Enquanto passava as horas e eu lendo o jornal começou uma monotonia muito grande... um tédio sem tamanho..
Então sai em pleno Sol. As pessoas irão me ver.
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continua depois. ;]

Acordei de Noite


Não. Eu não sou como esse cara da imagem. Essa ai é apenas uma foto de um amigo meu de um planeta que eu já visitei.
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Eu acordei já no meio da noite, não escutava mais barulho de nada. De nenhum ser diferente de mim, a não ser um barulho de um bichinho chato de duas asas, enjoado. Acho que ele queria meu sangue... de tanto ele insistir eu acabei que deixei ele pousar no meu membro alongado com 7 dedos. Quando ele se aproximou, eu me senti meio mal... aquelas perninhas microscópicas fazendo uma cosquinha me deu calafrios. Sim, minha espécie odeia cosquinhas. Mas na hora em que ele começou a sentir meus flúidos corporais entrando em seu corpo ele morreu. Acho que sou um veneno para eles. MUAHAHAHAHA. Gostei de saber.
Depois desse acontecimento estranho eu resolvi dar um giro por ai... ver o que havia do lado de fora.
O ar desse planeta é de um cheiro muito gostoso. Me atrai. Só não sei bem o por que, ainda.
A primeira coisa com que me deparei foi um imenso prédio com luzes acesas, parece que no último andar tinha comida, uma festa talvez. As festas no meu planeta acontecem apenas de 3 em 3 anos. Comemoramos quando as líbelulas deixaram de existir lá. Elas eram um risco para nós... meu pai foi morto por elas, eu ajudei no extermínio desse bicho assassino. A guerra me deixou marcas.. qualquer dia eu conto pra você.
Aquele prédio era de uma cor muito pastel. Odeio cores pasteis. As pessoas da festa estavam cantando uma musica muito animada, rindo e dançando. Por um momento me subiu uma vontade de estar lá também, para ver como é um acontecimento desses aqui, as comidas e como tudo funciona. Mas pensando bem... Por enquanto não vou ter contatos diretos. Apenas olhar de longe o que eles fazem.
Andando mais um pouco eu cheguei em uma praça. Dava para ver o céu dali. Um satélite natural ao redor desse mundo. Pensei: muito pequeno para fazer algum estrago se for o caso de eu me instalar aqui e fazer com que ele venha de encontro para fazer uma brincadeirinha com essa gente... mas dá para começar a brincar.
Deitei no banco e deixei meus pensamentos se formarem com clareza até o dia começar a nascer.
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- continua depois

Primeiro dia



Cheguei em um planeta estranho.
Não reconheci nada.
Nunca tinha visto, nem ouvido falar.
O que eu sei é que parei em um local civilizado por seres muito estranhos.. eles são meio gelatinosos, com suas caras medonhas de apenas dois olhos, uma boca, um nariz e duas orelhas...
Estou com medo de sair da nave.. eles vão levar susto com minha forma tão abstrata.
Vamos ver o que farei depois. Agora preciso de um cochilo... viajei muitos anos luz sem parar. Preciso me recuperar pra quem sabe, dominar o planeta.