terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Merdas.com


Comecei meu dia com uma pitada de Punk Rock.
Tentando criar ideias à altura de minhas vontades. Me lembrei da Thaila, a filha do Roque... Resolvi passar na casa deles e ver se ela estava atoa e se queria dar uma volta por aí e fazer alguma coisa diferente. Foi o que eu fiz. Ela aceitou. Fomos pra rua arrumar alguma coisa pra fazer.
Ela me levou em uma sorveteria pra tomar sorvete. Sorvete era algo muito gelado, com gostos e cores diferentes, o que me agradou profundamente, pedi até a receita pra moçinha da loja do sorvete de flocos.
Ela me levou numa biblioteca. Livros são estranhos, tem muitas letras pequenas que querem sua atenção de uma maneira que te prende ao livro. Peguei um para dar uma olhada, falava da sequência de Fibonacci, achei muito complicado. Procurei um de astronomia, mais minha área, mais tranquilo de entender talvez.
Foi aí que eu reparei: O quê que eu estou fazendo aqui?? Eu não queria era curtir?? Joguei os livros pro lado e fui achar a Thalia pra ver com ela a possibilidade de fazermos algo mais ativo.
Foi quando ela falou alguma coisa do tipo "queda livre", aaaaah aí eu gostei da parada.
Ela me levou a um ponto de ônibus para podermos ir pra lá, esperamos por um tempo, só que estava demorando muito e então resolvemos ir a pé...
No caminho nós conversamos muito e deu pra conhecê-la um pouco mais, e a cada vez que a Thalia dizia alguma coisa mais eu via como ela era impressionante.
Chegamos no lugar, era bem afastado de tudo o que eu já havia conhecido da cidade. Ela olhava tudo como se fosse parte do mundo natural dela fazer esse trajeto sempre. Mas era né?! Quem não é daqui sou eu. As vezes me esqueço disso, vendo tantos diferentes de mim, acabo achando que sou igual a eles.
Sei que lá era uma bigbitela de uma descida, simplesmente eu não conseguia ver onde acabava aquilo. Fiquei com medo, no fundo eu não sei se era uma boa ideia, mas não deu nem tempo de eu virar pra ela e dizer como me sentia. Senti uma puxada no meu braço dizendo "Anda Himiee!!" colocamos o equipamento de segurança e lá fomos nós.
Foi a melhor sensação da minha vida toda. O vento batendo como se não houvesse o amanhã, a adrenalina que sobe e vai até o meu sétimo dedo, o disparar do coração fazendo um "TUM, TUM" que parece que ele vai pular da sua boca e continuar caindo mais do que você está. Único.
Só que eu me esqueci de que ainda vivo. Não podia deixar essa sensação me dominar tão intimamente no fundo. Quando já estava ficando desesperador algo puxou de volta com uma pressão que doeu os ouvidos. Aí sim senti que meu interior iria deixar meu exterior, como se eu fosse dar tchau pros meus órgãos. Só que muito antes disso acontecer olhei a Thalia alí, pertinho de mim. Tão perto que nem vi mais altura, só ela.
Voltando para casa já fizemos os planos para o dia seguinte.
Se não fosse a briga que ela e Roque tiveram.
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Continua depois ;]

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