sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Conhecendo policiais

A polícia chegou e me barrou, eu descobri que eles não mordiam, eram pessoas normais com falas normais, tirando apenas as roupas estranhas deles. Um cara olhou meus 7 dedos e disse que eu precisava de um médico rápido e o outro nem ligou estava focado na "missão". Os moçinhos da padaria riam como se eles tivessem ganhado o dia, meu pensamento logo foi na minha arma de desmaterialização que estava na nave... Ah se eu tivesse uma dessas aqui agora, pensei, pensei tão desejando que se fosse um conto de fadas ela teria aparecido feito mágica. Na hora que o policial Roque perguntou o porquê que eles estavam ali e o moçinho do caixa de cara feia disse que era porquê eu não tinha pago meu lanche de 4 reais, Roque riu mais do que os dois moçinhos juntos e disse:
- Vocês estão brincando né?! Não é possivel que eu sai da minha sala com meu ar condicionado e meu poker só por causa de 4 reais! - Olhando pra mim, perguntou:
- Como você chama filho? - como se eu fosse muito pequeno né?! Mas respondi:
_ Himiee. Meu nome é Himiee. Eu só queria ir pra minha "casa"... Posso ir? - eu disse casa porquê não queria criar mais confusão, imagina se eu falasse "minha nave?" aconteceria igual ou pior do que como foi com o Papai Noel.
- Himiee em?! Nome diferente, você é diferente. Gostei. Vou pagar pra você e estará livre em poucos minutos. Espere um pouco ok?! - Disse Roque.
Ele me acompanhou até a praça depois de pagar e ficamos conversando por um longo tempo, contei para ele sobre como os bichos de asas reagem aos meus fluidos corporais, ele me disse que eles se chamam mosquitos. Mosquitos, isso sim é um nome estranho. Ele me contou como gosta de rosquinhas e eu disse sobre minha paixão com pudins e como estava triste meu dia antes do natal, porque minha viajem até aqui só estava dando errado.
Acabou que ele me convidou para passar o natal com a familia dele. Eu aceitei.
Acho que fiz um "amigo". Aliens não tem amigos. Aliens gostam de acabar com mundos felizinhos iguais a esse, são mais aventureiros e não gostam de ter laços com algo, pois isso mostra o quanto já está se ligando as coisas daqui. Isso não é bom.
Quando a noite chegou deitei no banco de sempre, acho que a praça estava sendo meu local preferido, a nave estava se tornando visita. Olhei pro satélite natural, pros pontos brilhantes. As estrelas. Pensei no meu novo "amigo" e como deve ser ter uma família. Família, coisa estranha de se ter, apesar de eu não saber do que se trata. Passou pela minha cabeça a estranha pergunta: Se eu destruir esse planeta, eu vou destruir famílias? Ou isso é indestrutível? Mas gostei da ideia. Afinal, ter uma família deve ser chato. Quem sabe já não chego acabando com essa que irei conhecer amanhã? Seria babante!
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Continua ;]

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